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Dólar sobe novamente acima de R$ 4,90 enquanto Ibovespa registra queda

 Confira neste artigo o motivo do dólar ter sua alta




 

 

Nesta sexta-feira (14), o dólar começou em queda, mas depois subiu em função dos dados de vendas no varejo dos Estados Unidos que mostraram uma queda maior do que o esperado em março, indicando uma possível desaceleração da economia no final do primeiro trimestre devido às taxas de juros mais altas. Enquanto isso, o Ibovespa operou em queda, mas deve fechar a semana com uma forte alta. "Eu acredito que boa parte desse movimento seja justificada, primeiro, por uma correção dos dias anteriores, quando a gente teve altas bem significativas", comentou Matheus Sanches, sócio e analista da Ticker Research.

 

 

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou pela manhã que as vendas no varejo caíram 1% em março, contra uma estimativa de 0,4% dos economistas consultados pela Reuters. Os dados de fevereiro também foram revisados para mostrar uma queda de 0,2%, em vez do 0,4% relatado anteriormente. Esses números reforçaram a percepção de que o Federal Reserve (Fed) deve diminuir o ritmo de alta dos juros nos Estados Unidos, o que tende a provocar uma tendência de queda do dólar.

 

 

Além dos fatores externos, a apresentação da proposta de arcabouço fiscal do governo tem colaborado para o salto do real, segundo Pizzani. Ele afirmou que a "harmonização das políticas fiscal e monetária torna o Brasil mais atrativo". Além disso, os operadores têm repetido que o nível da taxa Selic, atualmente em 13,75%, oferece uma rentabilidade interessante para investidores estrangeiros que buscam lucrar com estratégias de câmbio que se aproveitam de diferenciais de juros. "Existe espaço para o dólar continuar abaixo de R$ 5; temos juros elevados, e, mesmo que o BC cortasse a Selic, ainda teríamos um juro real muito elevado", disse Pizzani. "Além disso, a gente está entrando num período muito positivo para nossa balança comercial", completou ele, citando otimismo em relação às safras de soja.

 

 

No noticiário do dia, o mercado repercutiu a divulgação de dados do setor de serviços em janeiro. Após atingir um recorde histórico em dezembro de 2022, o volume de serviços caiu 3,1% em janeiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No entanto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve uma expansão de 6,1%. "O dado de serviços veio bem abaixo da expectativa, mostrando que a economia local está desacelerando de uma forma muito mais rápida do que se esperava", disse Matheus Sanches, sócio e analista da Ticker Research.

 

 

O setor de serviços vinha apresentando resultados positivos nos últimos dois anos, impulsionado pela reabertura da economia após a pandemia de Covid-19, mas neste ano não deve ganhar muito mais força, uma vez que, assim como o restante da economia, está começando a sentir com mais força os efeitos defasados da elevação dos juros no país

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